Recatada no meu quarto ...
Domínio imperial das minhas escribas,
das rezas, em que te cito ...
Nas palavras, a guitarra.
No entendimento, o meu fado.
Em meus dedos, minha voz ...
Rodeada de teus mandatários,
sultões, enigmas ...
Instrumentos meus de paz,
guerras em teu corpo ...
Epíteto de uma canção inacabada ...
Que nas veias de tua garganta
se esforça por ser cantada ...
Música que escrevo nas pautas do teu "Ser".
Nos sentimentos que acariciamos,
nas bebedices de cada texto,
que junto partilhamos ...
"Éden", que é nosso!
No qual desfrutamos o gosto afrodisíaco,
do amar com palavras.
Aroma de prazer,
que preenche o nosso mais íntimo querer ...
Que invade sensações,
entranha-se na eloquência da força do poder.
Meu oásis,
em que permanece o que fui,
narrado por ti ...
Em que existo,
nas folhas soltas
de teu caderno
em teu regaço ...
Após um dia longo
em que mim pensaste,
não esmoreces no cansaço ...
Dominar, possuir ...
Desgarradas que improvisamos
no silêncio do abismo
no cataclismo
precipitado de imperfeitas ligações.
Devaneios alheios, deflagradas erupções.
Inflamar corações ...
A vertigem sinuosa.
Torturar melodioso,
onde somos "amantes" constantes.
Atordoamos sentimentos, levitamos com o vento ...
Percorremos todas as estações
em sensuais composições
descansamos ...
após o nascimento de uma rosa
sorvemos,
sua cor ...
melodiosa
sem negros, nem cinzentos ...
Somos apenas alguém
para além do pôr-do-sol,
onde se dá a colisão de nossos mundos ...
Ritmos de música ...
...Voamos ...
... Vagabundos ...
Planamos sem medo.
Para além da compreensão,
emersos, sôfregos na avidez dos desejos.
Escritos em tua pauta ...
Lamentos do meu Fado,
acompanhado à guitarra ...
... Sob a voz dos meus dedos ...
ANA P. / JC PATRÃO
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