06 abril, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
06/04/11

Passos que se escutam no silêncio ...
que te trazem até mim sem horas, sem tempo, num sempre ...

Silêncios onde reencontramos as ausências que nos preenchem.
Percorre-las é amainar toda ânsia que sentimos, uma carência que não nos deixa dormir.
Um escape que nos liberta, num espaço onde a alma, se define como algo de seu ...
Tão verdadeiro, que de olhos abertos, sonhamos, acreditamos, revivemos com exuberância toda a intensidade de um desejo, que nos pertence ...
Tão, nosso! ...
Que não abrimos mão dele ... e não abdicamos de nós ...
E
Querer é muito mais, que ter! ...
É anuir aos desejos de um coração, consentir uma invasão de momentos que nos dão vida, a razão de existir ...
Momentos! ...
Em que a verdade não se pode omitir, sente-se ...
Um frio, um quente ...
Um agridoce, tentador ...
Perspicaz ...
No intimo essências que nos percorrem o corpo, despertam sentidos. Que adormecidas se tornam espectros de luz ...
Ignorá-las, é castrar os sentidos ...
É o inverso de morrer ...

VIVER! ...

É ser barco sem velas, em alto mar ...
É ter asas, e não poder voar ...
É fugir, sem nunca sair do lugar ...
É sonhar, sem acreditar ...

Aglomerados de castelos no ar, feitiços de encantar. Um rosa claro que se precipita no azul do meu mar ...
Dissipa, derramado no amor não se pressente chegar.
Relógio sem corda, sem ponteiros, num tempo invisível mas que se tornou visível, em nós ...
Saudades ...
As minhas, as tuas ...
Tic -Tac, apressado ...
O tempo que não podemos parar e que nos arrasta ...
Exala a falta de tudo e do nada.
Como um poente de um sol, que se esconde no laranja escarlate, de um horizonte que é nosso ...
Um fogo ...

PAIXÃO! ...

Se eu e tu, existimos! ...
Haverá sempre uma razão! ...
Para que se oiça, o silêncio que nos move! ...

carinhosamente

ANA P.

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