25 abril, 2012

CARTAS AO VENTO 25/04/2012



CARTAS AO VENTO 25/04/2012


Meus olhos não se cansam, de olhar-te! ...
Não se cansam de procurar-te, na brevidade de cada ausência. 
Pausas que sustem o folgo, de cada um dos respirares.

Levam-me para ti, como o rio leva a sua aguá até ao mar.
Leva-a com a certeza, dela um dia voltar....
E todos os beijos que guardo na esperança de te beijar, são brincadeiras de criança na  timidez de um olhar. 
São gestos, performances de tanto gostar. ...
Abraços dados, sem nunca sair do lugar. ...
Significados com tons que ensinam a mudar... 
Palavras mudas sonantes, prefácios do meu sonhar. ...
Cores flamejantes de um equinócio solar...
Pedaços do meu desejo, que vão e pedem para voltares ... 
Se pudesses sentir a presença do olhar, saberias as certezas que não se podem declarar.
Confissões inocentes, rasteiras do verbo amar. Decretos que fazemos sem nunca se jurar.  
Há, um tanto querer que de fácil, se pode esquecer. Um certo vazio, que repleto não deixa sentir o frio.
Descrevo-te em todas as cartas em que meus olhos falam por mim. 
Perfumo-te nas essências que nascem de nós dois.
Nos precisos segundos, nos momentos exactos em cada segredo depois dos actos...
Enamorada, nego o abrir de olhos para não te perder de vista ... 
Porto seguro de dias cinzentos. 
Catamarã de ventos incertos.... 
Oásis que conquista as minhas lágrimas ... Condor, meu senhor... 
É ter-te longe, sempre por perto ... Azul do Céu em mar aberto ...

Consequentemente a coerência é analogia dos afectos que nunca escondemos.
A alquimia de uma pedra filosofal ...
Resgatar-te é uma defesa moral...

É, 
a susceptibilidade dos sentimentos à flor da pele...
É, 
ter-te nos pedaços das minhas folhas de papel ...

É,
ser capricho ...
É, 
ser Mulher ...

É, descodificar os sentidos! ...
É, libertar-te nas profundezas dos meus medos ...
É,dizer-te sem medo ...

AMO-TE! ...


Carinhosamente


Ana P.

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