01 abril, 2012

NOSSO ...

NOSSO ...

Ainda
como um segredo
que fica por desvendar
nossos Olhos são os mistérios
das janelas do meu Mar ...
E
se que o tempo ficasse
aprisionado no olhar...
Procurava
a liberdade
nas asas do que não
chegamos simplesmente a sonhar ...
Teu
perfume é a brisa
que murmura na encosta ...
É
a afinada melodia,
que me sabes ensinar ...

Grafites desenhados
nas pedrinhas do mar ...
Cortinas de nevoeiro
que escondem as ondas
à beira-mar...

São loucas palavras
que se perderam de nós ...
Sequelas das marés ...
escassas ironias,
que padeceram na tristeza
nas correntes das marés ...

São grito da água fria
a rouquidão em nossa voz ...

Ainda
que fossemos a gaivota,
andássemos pelo mar ...
Nos dias de tempestade
o corpo iríamos procurar ...

Seriam
o desejo,
que aguarda ...
A
tertúlia literária
de uma página
que delata os abraços,
no areal de sentimentos ...
Seriamos
voláteis como os momentos ...
Inconstantes
como o sol ...
Cristais de sal em movimento,
ardósia nas palavras ao vento ...
Tempestades consentidas
em bocas de ilhas perdidas,
calam os mistérios
que
não podemos confessar ...

Palavras! ...
Palavras! ...

Um
Horizonte,
A
sensatez do olhar ...

... Só, NOSSO! ...



Ana P.

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