23 abril, 2012

CARTAS AO VENTO 23/04/2012

CARTAS AO VENTO 23/04/2012

Improváveis,
são todas as coisas que deixei o silêncio calar. ...

Improvável, é leres o que nunca escrevi...
É sentires, na pele o tactear das palavras que meus olhos escreveram ...
É prenderes, o Arco-Íris que nunca viste ....
É quereres uma lágrima, sem lhe saborear o sal ...
É quereres ser igual, quando somos diferentes ...

Improvável o olhar, que nunca sentiste ...
O amar, que sem ninguém não existe ...
O chorar, que nunca foste capaz...
Que sem sorte, não há paz ...

Entre as linhas do improvável que não escreverei, provavelmente aguardarei a prenuncia dos sentimentos, na paz dos mais secretos afectos...
No horizonte de cada página, mais que uma mania, desejo não deixar de vos dizer, que para além dos montes que definem a paisagem, haverá
o aconchego de uma bonança, um sorriso desconhecido, um estender de mão que pode ser, simplesmente a tua...
A nossa! ...
A vossa! ...
Desejo levar-vos um sorriso, em jeito de prosa entregar-vos um bouquet de rosas...
Desejo transbordar-vos de lágrimas, desejo fortemente abraçar-vos, mais que um abraço, dou-vos a minha força, partilho emoções que melhor me definem .
É provável que não sobeje tempo, para amar-vos de igual para igual...
Improvável-mente, não deixarei arrumadas todas as prosas e poesias que alimentam a alma.
Nunca escreverei tudo o que sinto, porque tudo o que sinto é tão vasto como o nada que sei ...
Ainda que conseguisse resumir argumentos, não vos poderia "roubar", a verdade de factos que dão asas às razões ...
Resumidamente, nunca poderei perlongar a incógnita do tempo que me resta ....
E assim incertamente, marcarei territórios em corações desconhecidos ...
Encurtarei os silêncios....
Para que não se calem as palavras.
Faço jus ás improbabilidades, na provável razão de vos escrever, com AMOR! ...

Com considerável, Amor!....
Mais e sempre com, AMOR! ...

Carinhosamente

Ana P.

2 comentários:

  1. improvável ficar indiferente a carta tão bela - que eu gostaria que me fosse dirigida -
    eis algo que nunca serei: indiferente. curvo-me ante as palavras lindas, Ana.. beijos, beijos

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  2. Obrigado! Muito obrigado....
    Uma carta para todos os corações que vêem, que falam mais alto e que sabem escutar.

    Beijo

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