19 abril, 2012

CARTAS AO VENTO 19/04/2012

CARTAS AO VENTO 19/04/2012

Traduz-me uma história .
Constrói frases, que me façam ver...
Reuni sentidos, à flor da pele de intensos desejos.
Nos meus lábios, pintei o céu de cada beijo, de cada sorriso que passou....
Recordei, todas as lembranças que o vento beijou, das saudades tatuadas nos becos da liberdade...

Dá-me, Asas! ...

Caminha a meu lado.
Na estrada dos meus olhos...
Minhas mãos são um espaço vazio.
Espectro de palavras, ponto de encontro dos desencontros da alma.
Onde as palavras, são as vísceras de uma intimidade interior.
Agora, procurava alicerces numa história que não me pertence, mas que ouvia contar....
Na minha tese, aglomerava-se o encanto de esperanças.
Sorrateiramente, acarinhavam palavras expostas no velho mural de janelas abertas.
Palácio, transparente de sonhos.
Glaciar de fundo azul, num céu de braços abertos que conforta as ambiguidades de dias menos fáceis.
Uma história, uma viagem ...
O Expresso Oriente de sonhos fulminantes.
Caracterizam aveludadas fragrâncias, que mesclam o aroma de um mar de canela.
Mistificando a liberdade com que vivo a exposição dos sentidos, que fomentam a forma de agarrar a vida num tempo de cálculos incertos.
Tão incerto, como o numero de páginas do livro que carrego nos ombros.
Como o valor de cada olhar que corroí o coração...
Na agilidade cortante, de cada palavra ...
No socar, de cada expressão pintada no rosto.
No grito, de cada imagem que não se vê no espelho ...
No profundo silencio, que vêm à tona ...
No acreditar de estranhas presenças, anjos feitos em estátuas de pedra...

Nas veias, o Éden de forças que regem melodias, pautas tacteadas pelas minhas mãos...

A história, acompanha-me em cada página branca que ousei escrever.

Dá-me, Asas! ...
Acompanha-me, se quiseres.


Carinhosamente


Ana P.

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