02 abril, 2012

CARTAS AO VENTO 02/04/2012

CARTAS AO VENTO 02/04/2012 ...

Ambicionava desfrutar em pleno, a cachoeira de sentimentos.
De milhares de afectos que me deslizam entre mãos.
Numa mímica de gestos que se afeiçoam nas palavras.
Onde a pontuação, fosse o encaixe de estanho que solda as frases que saem do coração....

Escreverei argumentos que justificam, uma estranha beleza, uma diferente dor a exaustão de cores desgastadas...
Em cada sombra, a asa de liberdade ... O repouso de batalhas, estilhaços de uma só guerra ...
Escreverei até, sobre a infância perdida ...
... de um pequeno buraco, à extensão de uma ferida ...
Pouco a pouco lavrarei, os mais áridos territórios.
De semblante beleza. Tradutores de razões inexplicáveis ...
Um alcance tão próximo mas de difícil visão ...
Aprenderei a ver com o tacto de ambas as mãos.
A escrever nas margens de momentos de breves expressões ...
Aprenderei, ler nas lágrimas que nunca foram vertidas ... Supostamente socalcos, de uma pele envelhecida.
Sem ironias deixarei que o tempo controle, o celeiro dos meus sonhos... Muitos não seriam esperados, outros canonizavam a esperança de um dia ... Acontecer!...
Dois ou três, eram simplesmente a força de um desejo muito maior que os sonhos sonhados ....
Eram conquistas de um presente, para um futuro desenhado em laços de fantasia de elegante paixão! ...
Outros ... Bem, outros... morreram ficaram sem chão.
Vitimas de uma cobarde cobardia ... Manhas ou mesmo manias.
Nestas páginas ao vento, serei o húmus de um tempo ...
Reconhecerei a grandeza da gratidão, de tudo o que temos se faz com mãos...
Sei que todo o tempo do mundo, é o que nunca serei capaz de alcançar...
Que as certezas, são abusadora-mente tão incertas....
São nichos intemporais de uma idade que não me posso definir ... Contra tempo de um tempo sem fim....
Legitimo será escrever, sobre tudo o que senti ... Consentir a grandeza do que ainda não vivi ...
Nas páginas de um livro, com principio meio mas sem um fim ...

Meu corpo!
Meu livro de afectos.

Carinhosamente

Ana P.

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