01 abril, 2012

CARTAS AO VENTO 01/04/2012

CARTAS AO VENTO 01/04/2012

Silêncio!
Hoje, amei-te no silêncio.
Andava perdida, mergulhava em águas estagnadas sem vida.
À deriva, soluçava o coração, choravam as palavras que se encontravam nas minhas mãos.
Rabiscos de mel, trigo do pão...
Seara em campo aberto uma alma e um coração.
A fúria do medo, contra a razão ... bailava ao vento, presa no pensamento.
Papoila bravia... o grito de sangue numa terra sombria.
Decidi tomar as rédeas, e não desistir.
Escutava o teu rir ... Não queria fugir .
No cimo do monte, tão perto de ti...
De braços aberto, nunca te perdi. ...
Senti-me...
Moinho de velas brancas, que rasga velocidade semântica de cada sopro de vento que te trás... Zumbido brando, bandeirola da paz.
Se o vento fala?! ... O que me trará? ...
O pudor da vida!.. Que mal não faz.
Sentimentos de tez angelical.
Fermentam o afrodisíaco vermelho num céu azul. Pintando antecipadamente pelo plágio de sonhos que aromatizam a lógica de tudo ser, com razão! ...
E mesmo longe, amei-te mais do que se perto estivesse. Amei-te! ... Amei-te! ...
Consumi as essências que infernizam o coração. Desacatos da alma com a delicada sedução.
Hoje! ...
Preenchi cada milésimo de segundo com a saudade.
Senti-me uma perfeita enamorada. Uma menina ... e fui buscar, sorriso da esperança que já tinha guardado.
Decidi secar as lágrimas no tom suave da tua voz.
Hoje!
Sentei-me nos afectos.
Observei a colina do monte que os reveste.
Senti-me represa de mil cores, as pétalas sedentas de uma flora monumental.
Fui o feitiço do amor que nos encontrou.
O pequeno ponto de luz num céu insigne de estrelas...
Talvez! ... Insignificante para o céu assoberbado de pontos de luz.
Dominado de estrelas fulminantes, que partilham seu brilho nas noites sem os adornados vestígios de sentimentos.
Reverso do avesso que nos despe, à flor de uma sensível lágrima que não pede licença...
Rasto, onde se ocultam verdades.
Alpendre da dor que intensifica, a metamorfose que o tempo nos provoca ...
Hoje, Amei-te! ...
No grito do meu silêncio...

Carinhosamente

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.