23 abril, 2012

LEMBRO-ME ...

LEMBRO-ME ...

Volto
da terra de sonhos ...
Na mala,
o refúgio das palavras
que não posso
deixar ficar ...
O
corpete
que aperta as horas
Esconde
o sabonete lavanda,
que algum tempo,
é inquilino fixo,
da velha mala ...
Partilham
o mesmo espaço
tonificam o ar..
Perfumam
toda a sensibilidade
que contornam as palavras...
De
direcções opostas,
cálculos mais
ou
menos subentendidos
São
simples peças
de corações imperfeitos ...
A
Incolor
Parafina ...
Setas
Untadas de uma química
já mais adormecida,
esquecida ...
Porta-retrato,
convulsões de olhares,
guerrilhas de razões,
estilhaços de momentos
de todas as viagens
que fiz, sem sair deste lugar ...
Um
pé no chão,
outro no ar ...
A
liberdade que tenho,
e que não podem tirar ...
Noites que não relembro,
em sonhos que pedem para ficar ...
Fora de horas
Fecho os olhos um
não querer acordar...

Tento um acordo ...

Lembro-me da harmonia
que sentia se pudesse ficar ...

Se ...

Não tivesse que acordar! ...
Volto! ...

Mas,
prometo que hei-de voltar ...

Ana P.

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