02 abril, 2012

ACTOS QUASE PERFEITOS ...

ACTOS QUASE PERFEITOS ...

Tocávamos
o fundo do poço
sem fundo.
Paredes de frases gastas
relembram demagogias
de velhas paixões,
susceptíveis a sentimentos...
Cânones,
fugas desconhecidas ...
Um querer,
um rol de abstractas limitações
Pulverizam
a gravilha no areal
de um rio, sem norte ...
Conceito de má sorte
aniquila a breve
passagem de um sol transitório
sobe uma sombra melindrosa...
Perspicaz,
saberíamos de cor, todas as cores
que antecedem estações.
Brincávamos
no emergir raso de
paredes que contradizem
desfiguradas palavras ...
Persistentes
não desiludem o excesso
da demasiada teimosia ...
Não se curvam perante
a inesperada derrota ...
Firmes
transportam a espiral
do amor, em linhas curvadas ...
Sem
nunca se fecharem
dão corda ao relógio
que se esconde no peito ...
Para lá de um Mundo
que se dizia, quase perfeito ...
De
imperfeitos actos
na incoerência de sentimentos opostos ...
Resultado
de íntima consciência,
sujeito à percepção da diferença
de nós, os dois....


Ana P.

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