31 janeiro, 2011

SENTIR-TE ...

Sentir
quais as palavras
que ficaram por dizer ...
Marcadas na indiferença
a faca cravada...
Sem
porquê ...
Mais nada ...
Sentir
a Avilez insegura
onde te perdes...
Distância...
Percorrer
labirintos
caminhos
estradas
ruas
numa paisagem
agreste
ou talvez
rupestre...
Fria
de pedra
bruta sombria
pouco a pouco
camuflada entre prantos e sonhos de vida
Despida ...
Que pecados escondes?!
Quantas ceifas, deixaste por fazer?!
Quantos leitos
nunca foram desfeitos, aqueceste?!
Quantas castas de uvas, usas na embriaguez da alma?! ...
Cada fôlego ... que te trava ... sustenta a respiração...
Cateter...
Inane ...
Ofegante ...
Espírito vazio
perdura na incerteza
que vacila entre o querer e o dever ...
Quantas vezes acompanhado
acordas literalmente sozinho?!
Utopia perfeita
que ansiavas sofregamente...
Acreditavas...
Que o teu desejo
seria, VIVER!
Mas quantas vezes, aos poucos te sentes morrer?! ...
Sentir...
O desgaste que omites
no silêncio...
Cada poesia perfumada
que te liberta...
Astro Rei ...
Soberano ...
Num corpo atolado de sentimentos .... Dispersos ...
Em cada infinito que te devolve .... à VIDA!
SENTIR-TE!!!

ANA P.




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