28 janeiro, 2011

CARTAS AO VENTO...

Escrevo nos aromas, de palavras simples. Que caracterizam a meiguice clara, com que vêem os meus olhos.
Carícias desnudando afectos, numa alma com pactos de solidão.
Vividos em verdades expostas, até à raiz do coração....
Porque se prende o olhar?! Quando a ideia era simplesmente passar...
Não deixo que o acaso me leve. Já que passei, quero deixar uma nuance no ar.
Para que um dia, tenha sempre que voltar.
RECORDAR É :
Viver...
Aprender...
É ter algo que nos faça, soltar as lágrimas...
Sentir, quando se perde o tacto...
Ver, de olhos fechados...Mesmo que esteja escuro...Onde a ausência de luz, não me provoque cegueira...
Recordações são tranças presas com fitas de seda. As quais faço e desfaço. Ato e desato...Todas as vezes que a memória me conceda...
Com liberdade e tino para o fazer...
Um dia não me queria esquecer, de grandes momentos que me fizeram crescer. Sentir o cheiro do mar, das cores que vestem a alegria sadia, de saber AMAR! ...
Ter lucidez para contar....
Mesmo que não veja o Mar...
Em longos tempos, breves momentos. Onde fui a gaivota, agiota...Comandando a frota do vento, sobre o céu...
E viver mesmo com o sofrer, faz parte do crepúsculo sagrado que nos ajuda a envelhecer...
Envelhecer, não será perder! ...
É uma meta do tempo, sem um fim que possa ver...
E o tempo que não se deixa alcançar. Nem os atrasos do relógio faz questão de descontar. Nestas andanças, que me fizeram crescer, existe a certeza que tudo isto é, VIVER...
Rebuscada incoerência de um dia poder esquecer, no ferrete do tempo, que teima, teima em querer levar de nós...
Lembranças....

Carinhosamente

ANA P.



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