13 julho, 2012

VENENO 

Eterno 
tormento
o sabor do veneno
do beijo que não tocou 
de perto,
a moralidade de uma boca,
demolidora de sóbrios desejos ...
Inconstantes,  
revelam
hipóteses de ideais supostamente
correctos ...
Alinhados 
a fusos horários, 
que 
fulminam atrasos imprevistos
no ventre do relógio 
de cordas, temporais ... 
Asfixiado 
por silabas incontroláveis ...
Retornam nas
prenuncias 
com carácter.... 
Não esquecem o
Rosto de faces
que esconde a sombra
de ânsias aniquiladas
em claustros de fogo morto ...
Adormecido, 
em cinzas 
de lava vulcânica inquieta...

A intenção é
supostamente unir, duas bocas ...

Num beijo....

E arder lentamente...
Saboreando o nosso,
o vosso ....

Veneno ! ...

Ana P.

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