17 julho, 2012


CARTAS AO VENTO 17/07/2012 ...

Partidas de um tino, que ajuíza um determinado fim...

Conquistei-te na simples razão de sem asas, poderes voar.
Voavas em redor de um fogo, que renascia das cinzas ...

Em mim, o fogo era o porta-retrato em redor das mesmas.
Chamar-te-ia Fénix, se a continuidade do tempo não nos traçasse um fim.
Se a sagacidade do desejo, não nos  definhasse na boca .
E nossas mãos, se fechassem como cadeados sem chave ...
Sobre-posta em tuas asas. Percorro a liberdade dos ventos em territórios que não serão esquecidos. Plenos de nós. 
Fantasiam as cores que laminam os horizontes...
Epopeia de cores elaboradas, mesclando o azimute do tempo, que se apressa de nós. Nativos de instantes, que caracterizam todas as paisagens que vêem nossos olhos e todas as telas, que as mãos ajudam a pintar. Em tons de sentimentos, inaugurados de bonanças que nunca vêem para ficar. 
De montanhas que se escondem no abismo de noites que ficaram por explorar, e de dias claros, repletos de luz que nos encandearam.
E assim nasceram os argumentos, que dissimulam os factos. Factos que calam argumentos num olhar. Em prece as lágrimas aglutinam-se na represa onde navegam os meus olhos.
Perdida, mas tão próxima ...  Onde o sonhar, se esqueceu,  e a mitologia dos anjos, promove o triunfo da esperança em rostos moldados e pedra.

Olhando-te, mesmo que não te veja, permaneces!... 

A nitidez reforça a convicção de sentir-te. 
Sentir-te, tão próximo que teu perfume atreve-se a abraçar-me. A interromper a falta que me fazes. Isolando o silêncio que me grita...
E os nossos momentos de todos os instantes, são cateteres que nos alimentam.
Entre prumos de vento lento, fidelizam o tino... que alguém nos diz... termos perdido!

Porque, nos amamos livremente! ...


Ana P.

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