do livro que desfolhas ...
Calmamente,
encontra-me
no desencontro do silêncio
inesperado...
Existo,
para lá do horizonte
que desliza nas estações
em paragens que o tempo
concede ...
Inexistentes são algemas
de elos quebrados ...
Existo,
nas correntes
de uma alquimia devoradora
em metáforas do tudo e do nada
que te abastece ...
Limitados em cegos espaços,
entre o virar de páginas...
Tentações de vermelhos silvestres
corroem o anil do perfume lilás...
Exalam o azul da junção do céu e do mar ...
Imperdoável é deixar de sentir
É fazer da beleza pura
a folha caduca que o vento açoitou ...
Existir
é muito que ser ...
Ser simplesmente por ser
e não acontecer ...
Escuta-me nas melodias
de uma orquestra indefesa
Armada na cilada de heróis
desconhecidos ...
Heroína da página que se segue ...
em tua gaveta guardada.
Ana P.
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