26 julho, 2012

Dentro do fogo lilás
existe um singular olhar
Permanente 
confisca a aureola dos horizontes
que nunca olhou
Apenas os idealiza
para além dos portões
de ferro enegrecido,
que cercam os sonhos ...
Incapazes de fugir
glorificam paraísos
que não se expõem ...
Silenciosos 
de pautas com cores infinitas,
bebericam na lucidez,
de infames desejos...
Muito além de mim,
mas só para mim ...
Fascinam  viagens
que faço, sem sair do lugar ...
Incluem o términos
do tempo facetado de momentos
Carrossel contemporâneo
nas cordas escondidas do relógio
Em que nas horas acordada,
sinto que estou a sonhar,
e outras em que durmo,
julgando estar acordada...  
O desejo lateja, atordoa a vontade
de fazer plágio nas lembranças ...
No cume de memórias açucaradas,
a névoa de algodão doce rosado
Decalca os passos 
que se escutam,
rodopiam na liberdade
de um vento, 
com asas de borboleta selvagem ...
Tutora de todas as defesas
que outrora perdi ...
Renascem no perfume
que se dispersa, de mim ...
Ainda que nega-se o desejo
saberia a certeza
de um aterro, 
que não me diz acabar ...
Em fogo cruzado
acredito no lilás...
No olhar
onde moro, 
onde me deixas ficar ...

Ana P.

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