29 junho, 2012

LEMBRAS-ME ...


LEMBRAS-ME...

Lembras-me, as tardes de Outono Laranja. 
A melodia serena de um entardecer que aguarda o beijo.
Sedução de juízos imperfeitos, que me turbam o olhar. 
Ascenção que corrompe o sossego dos desejos sóbrios de desejar-te.
Perfeito é juízo da razão dos momentos em que as pétalas se soltam ... 
Perfumam a iguaria de pecados apetecidos, mordiscam os lábios com o seu tremor.... 
Desfolham o dicionário de paginas brancas, que  traduzem o tacto que não contive. 
Ousei, enlouquecer a sanidade da loucura que não me pára, não bloqueia a luz de sentir-te ...
Enamorada... 
O insignificante gesto é significado de tudo, o que não me atinge. 
O atrevido Enlevo, é escudo das horas mortas, que padeceram em mim ...  
Lembras-me ...
A corrupção dos sentidos.
O jogo sem vendas, na locomoção de distancias incertas.
Tão próximo... 
Que teus abraços, são as asas do vento, que te levam de mim ...
No afago de uma folha que caiu ...
Num trilho solitário.

Ana P.  

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