05 junho, 2012


Deixa 
que o meu beijo
infernize o teu desejar ...
Que 
o tacto das palavras
te rasgue a pele...
Lavre 
os ecos calados
de uma lágrima que fugiu ...
Mudo, 
não controlas o olhar ...
Atormentas a avidez  
do ruído, 
com que a mente
te sussurra  ...
Sequioso,
penetras no profundo sentimento ...
a tolerância do medo
é a provocadora emoção...
Motivada 
pela seiva segregada
de um descontrole temporal ...
Fragrâncias...
Na gula
de duas bocas,
Erupção
do vulcão
de lábios que se tocam ...
E
o pólen do teu ósculo  
é o mel fecundado
que pulveriza,
o éden
da intimidade 
que nos pertence ...
Tentador deleite
no glamour rubro
de um ....

BEIJO ....

Ana P.

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