20 junho, 2012


Tempo
reverso dos dias
que infringimos as lacunas,
omissões, desgastes
contemporâneos ...
Falhas que colmatamos
esporadicamente
sem sentidos…
Quando tocamos bolhas de sabão alheias
que nos molham os dedos…
Épocas
que sucedem nas
místicas estações...
Invisíveis na falta de lágrimas
Opacas
em olhares impenetráveis
em nossa
bola de cristal
o
Anil de um arco-íris avesso...
Fiel dominador
de cada estado da atmosfera.
Enquanto percorre os caminhos
para lá de azuis e violetas
os horizontes apagados
que acendem
num simples piscar de olhos..
Magnéticas sombras
de semblantes performances
marcam no tempo,
rugas
de um passado tão presente
num futuro incerto ...
Que se aproximam
de jogos e provérbios
sem as regras que conhecemos
nem os aromas que perseguimos
Loucas,
serão as imortais
palavras,
que falarão por nós
em lápides de pedra fria ...
Onde continuaremos a escrever
em musgo indecifrável
parábolas acerca dos vivos
que nos visitam sem chama…
Que marcam o espaço
de um corpo
nas amarras de uma alma
que nunca se esvazia
num compasso sem espera
entre a liberdade e a heresia
flutua sem religião
desafia a ciência
suspensa catedral
nos mortais pecados
que a mordaça da gula
não conteve no nosso olhar ...
AVESSO! ....

Ana P. / Jc Patrão


(photo by durcka, Hungary)
 — com Anabela Pimentel em Porto.

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