10 junho, 2012

CARTAS AO VENTO 10/06/2012


CARTAS AOS VENTO 10/06/2012 ...

Quando a simplicidade, é o universo que me dá vida ...
Em que rasgo  o céu sem nunca sair do lugar ...
Escrevo ás escuras nas páginas dos dias que não me posso esconder.
Guardaria os mil segredos , por mil e um que nunca me pertenceram...

De todos os espaços que julgo ocupar, encontrarei sempre um vazio. 
Um vazio de pessoas, de lugares .. de palavras vivas, mortas que me repartiram. Subdividiram o espaço que chamava de meu. 
Bifurcaram as entradas e saídas ...  
Saberia percorrer-lo de olhos fechados, notaria ausências,  as emoções que mudaram, ...  que me mudaram. 
Consequência emotiva de viver... ou por outro lado poderia acusa-lo de morrer. 
Aceitar a transformação. 
Projecta-la num plano indefinido ... sem horas, sem base do tempo ... 
Há dias em que me curvo, que me sinto morta por dentro por fora ... em desespero acuso a falta de tempo, sem tempo para mim ... 
Ironia em que viva, me deixo morrer ...  
Como se fosse um candelabro e a sua luz fosse consumida pela a intensidade das horas ...
Intensidade é a força que não me esquece ... não se esquece ti, de todos os outros que importunam a valiosa saudade...
E...

A saudade...

É vácuo dos espaços que vazios, já estiveram repletos... 
A caixinha de Pandora, porto-seguro de um qualquer começo da história ...
Fragmentos dispersos, com identidade.. ..
É a ponte real, nas margens do rio difundido num caudal que lacrimeja...
Que explora o arco-íris de lamas verdejantes ...
Enquadrando estações, os dias os anos ...
Apurando a mordomia dos sentidos que me fazem ser,  e existir ... 
Vincam raízes de cada traço desenhado no rosto... 
Passaporte da menina pequenina, que cresceu ...
Que mora em mim  ... 
Ainda se pendura nas janelas dos meus olhos, no alpendre dos sonhos ...
Encontra-se no tempo, fora do tempo em questão ....
Permanece-lhe o brilho do olhar ... 
Enclausurado na liberdade expressar sentimentos. 
De o descrever, na leitura em que oram os seus olhos ...
Em todas as rezas,
de olhares que não pude, deixar de ver e sentir ...
Que tantas vezes emudeceram a voz que atropelou sentimentos ... Sombrearam as razões ...
Descobriram uma química ainda por decifrar, num coração que fala mais que a sua fala...
Das pequenas mãos, nascem-lhe tesouros em prosa. 
Delatados nas ameias de um castelo de areia. .... Uma ...
Praia, onde lhe adormece o  mar. 
E as dores, são como as marés... são agua gelada que arrefece os pés ...
Acorda os sentidos ... 
Um céu de estrelas celestes, que aprimoram o jovem eterno luar ....
Enamorada clandestina, de um destino que não conheço ...
Um fim desconhecido?!! 
Ou um novo começo?!! ...
Erradico o silêncio nas palavras, que nunca partiram ... 
Na voz muda que indica o lugar, um trilho ...
O sussurro do vento... o murmúrio da chuva que nuca vem para ficar...
No encriptado sorriso que perto, longe me deixa ficar ...

.... Se soubesses tudo! ... 

De que me valeria contar histórias que foram embora, sem sair do lugar...


Carinhosamente 

Ana P.   

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