24 junho, 2012

CARTAS AO VENTO 24/06/2012

Não posso fugir do tempo.
Porque, elegantemente este esperaria uma eternidade por mim.
E a eternidade. essa, não planeou esperar-me.
Eternos, são os perfumes onde me perco no encontro do eu que não vêem.
São todos os pontos dos desencontros de cada momento que não soube falar.
Que se diluíram em palavras com as fragrâncias com que vos escrevo. Se necessito de um éden, encontro-o na liturgia das palavras que me encontram.
Constroem a muralha de pedra, onde me sento e descanso tantas vezes... No desaguar de lágrimas solitárias que renascem na represa dos meus olhos.
Olhares que definem o laranja fogo do horizonte que ilumina a tez do tom da minha pele. Que falam de mim em círculos de fogo calmo. Elevam o desespero de uma tristeza que não gosto de partilhar, reestruturam a beleza de partilhar os dias... Colocar os pés no chão, sentir-me viva nas noites que contei e nos dias que deambulei no passado inconsistente, fragmentos do eu ...
Em jeito de prosa, porque me ergo em frases que assombram as derrotas, aliam-se ás vitórias que nunca vos contei.
Cada retrato o sorriso. Uma carta aberta, que todos podem ler.
Um rosto com tanto, para vos escrever. Elevo é relevo de uma alma que não desistiu de mim. Amiga de uma palavra que não se esquece, Amar! ...
Amar, é a maior arma com que se pode matar.
Matar os dias ...
Matar as saudades ...
Matar o medo ...
Matar os enredos, a curiosidade...
Matar-me de amor na plenitude do silêncio de um rio de palavras...
Matar-me aos poucos, docemente ...
Matar-me, porque não me esqueço de amar.
Em desejos que alimentam, fazem a diferença das amizades de cada abraço, de cada mão que se estende no confronto de momentos difíceis e a sobriedade clarifica
as cores que retratam a magia desse brilhar.
Se isto não é a eternidade?! O que lhe poderemos chamar?! ...
Eternos, são os laços que nos farão recordar, no porta retrato que deixamos ficar ...
Carinhosamente

Ana P.

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