29 janeiro, 2012

ESCARPAS ...

ESCARPAS ...


Na poesia existem escarpas
que se constroem com palavras ...
Sob a muralha de cada sentimento.

Absorta...
Descreverei o anil
do ócio repousante ...
Em
códigos que não foram planeados
Deixarei palavras de luz negra
Onde a irrequieta claridade procurara
o obscuro infinito de um raio de sol...
Fiel,
Gravei,
rostos de imagens que nunca vi,
mas que não posso esquecer ...
Na corda de um antigo relógio
serei aprendiza ...
Imersa no solitário sono profundo ...
Entre trevas vermelhas
e ardidos desejos ...
Correi no sopro dos ventos ...
Velarei,
o velho imaginário que resiste,
aos apelos do coração ...
Descobrirei a secreta passagem
entre a sombra colorida e o negro
Arco-íris ...
Na posse de um sono,
guardião celeste da alma,
de significados singulares.
Na lápide de saudades ....

Que moram em mim ...

Ana P.

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