16 janeiro, 2012

CARTAS AO VENTO 16/01/2012 ...

CARTAS AO VENTO 16/01/2012

Descobri palavras, que pintaram as mais belas telas,
em Lezírias, sem portões, sem janelas ...
No Éden da razão, que procuro...
Haverá sempre alguém ...


Escrevi belas palavras, que descreveram a formosa lezíria.
Descreveram fragmentos perfumados, que se aglomeravam na essência do contorno do meu corpo. Incensos que aromavam as alvas folhas de papel, em densos coloridos de uma clareira que se esconde na floresta onde murmura a alma. ...
Desejei partilha-la. Leva-la até vós com a clarividência das palavras.
Pintei telas com o fogo invisível, degluti o glamour de desencontros, no encontro de cada palavra.
Enviei sinais ao céu cravejado de estrelas, coloquei teu rosto na lua.
Teus braços, os abraços das ondas do meu mar. Acreditei, que existia um arco-íris negro. E as madrugadas embalam o nascer dos dias.
Aurécia da frescura das manhãs, que refresca a pele ... cateteres de seiva que penetram a sensatez de cada sentido.
Azimute de um ponto...
De ti! ...
Fiz o arado que me lavra por dentro e por fora...
Ao tempo pedi as estações, as sementeiras para florirem os campos adornados pelo chilrear das aves e os tons quentes das cores das flores .
Sem nunca voar, planei livremente para lá do horizonte que avistavam meus olhos. Conheci cores que nunca foram vistas, fiz amigos e grandes conquistas.
Fui feiticeira, ou alquimista.
Divaguei no espaço sideral, pernoitei no alpendre dos sonhos partilhados, senti a leveza que afugentou o medo.
Fiz de mim o archote, que não se extingue nas palavras ...

Ilumina os dias que não nascem, nas lágrimas que verti no teu ombro...

Carinhosamente

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.