01 janeiro, 2012

CARTAS AO VENTO 01/2012 ...

CARTAS AO VENTO 01/2012

No virar da página, deixarei que as nuances de essências predominem na rebeldia do olhar, libertas no sonhar onde me posso encontrar.
Deixo a porta entre-aberta para que possam entrar....

Não vos quis escrever, num ritmo acelerado.
Tão apressado como época festiva, que anualmente nos visita.
Acautelei-me no beiral do tempo, resguardei-me na insónia, nos mistérios de que falam os meus olhos.
Fiz-me esquecer, por labirintos cheios de vida, nas telas pintadas em coloridos de estrelas que por vezes visitavam a madrugada.
Fiz-me amiga da neblina, da chuva fria e de cada folha que caia... Senti-me em absoluta harmonia...

Com as folhas salva-guardei os amigos.
Os presentes e alguns que já não estão fisicamente, que moram no prado do meu coração.
Sorri, relembrei que são como as folhas, vão no vento, levados pela chuva....
Pela variedade de contrariedades das páginas das suas vidas.
No céu li, o silêncio do brilho com que os abraço no coração...
Vi, nas estrelas o fulminante brilhar das suas vozes os sorrisos de cada lágrima partilhada ...
Avessos distintos, eloquentes sentimentos que aquecem e fomentam o que me faz ser, alguém que ama perdidamente...

Senti ...
E
Perdi-me ...

Na ausência propositada...

Senti, uma vontade enorme de vos contar...
Senti-me à deriva no glamour de cores, que não brilham ...
Senti, que o tempo nos ajusta em cada agulheta que nos oferece ...
Senti, apoteose das lembranças nas memórias que não esqueci ....
Senti-me, perdida mesmo dentro de mim ....
Senti...
Ai! Se senti ....
Senti-me vazia, submersa nos fragmentos com vida ...
Senti, que não queria escrever sobre o cliché, " Natal" ...
Não queria subornar o arco-íris, que se esconde por de trás das colinas que avistam os meus olhos...
Escrever por escrever, é não ter liberdade para o fazer ...
Nas palavras colocarei os sentimentos que lágrimas distantes nunca tocaram um rosto ....
Apresentar-vos-ei, a Alma que flameja no peito... Anestesia das dores do reverso dos meus dias ...
Senti-me, uma lasca no azimute das horas ....
Um Norte!
De vos encontrar pelos caminhos que palmilho passo a passo.
Compasso, que nos acompanha nos abraços de cada palavra, nas verdades de sentimentos que afloram o emergir das saudades que se escondem nos gritos do silêncio abstracto que nos emudece os sentidos... Com promessas, que nos fazem acreditar ... Na força dos ventos, nas certezas que havemos de enfrentar ...
Hoje, a saudade louca de vos abraçar ...
De vos enlaçar na manta, com que me quero tapar...

Ausências ....

Palavras, gestos na liberdade de vos poder saudar, na cortesia onde me deixam morar ! ....

BOM ANO DE 2012! ....

Carinhosamente

Ana P.

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