10 janeiro, 2012

CARTAS AO VENTO ... 10/01/2012

CARTAS AO VENTO ... 10/01/2012

Se tudo fosse perfeito, perfeito ...
A monotonia seria constante ...

Felizmente agradeço a inconstância dos meus dias ...
Em que a vida me ensina a reaprender, para me servir no presente.

Se não te conheces, reinventa-te...

Sem perfeição, imaginei o declive de uma perfeita visão.
Imaginei-te de uma só face.
Aquela que abrilhanta meus olhos, que esconde os lugarejos onde adormeço, o arco-íris,e os ventos que semeiam rosas.
Observo-te para lá da ponte que nos separa.
Fascinada, rendo-me à luz do horizonte que decora o teu olhar.
Vacilo entre o ir e o ficar.
Acolho a maré viva nas entranhas do meu mar.
Sinto-me gaivota, sem nunca voar...
Predadora, do simplesmente gostar.
Eterno cliché de brasonados corações.
Espelhar que reflecte nas três dimensões.
Poderosa grandeza de viver o antes e o depois, consequências no presente de quem colhe emoções/decepções...
Levemente mordisco os lábios....
Sobre voo o sonho que rasa meu corpo, aguço as lamelas de cada sentido.
Não necessito usar antídotos.
Em ti, a visão é um espectro afrodisíaco.
Estimula os desacatos da mente e do coração.
Acelera a proximidade da distâncias...
Provoca as ausências...
Insubordinado corpo que te brama.
Confisca, a guilhotina dos amantes e seus amores ...
Lascivo mel que purifica a pele, descodifica a sensualidade tacteada, insulta paladares que se escondem na covardia das intimidades ...
Mirar-te ! ...
É enlouquecer amena-mente...
É, fechar os olhos e ter-te presente. ...
Reinvento-te! ...

Carinhosamente

Ana P.

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