14 novembro, 2011

SÃO PALAVRAS ...

As palavras,
são ave de rapina que me habita ...
são a essência
que jorra meu coração
São leituras quiméricas
Descobertas
que enfeitiçam o tempo
na ânsia de o travar ...
São sussurros suaves
nos lábios, que fazem sorrir ...
São a nua sensatez
vermelho ópio, Alucinação
Papoilas de Rubro vestido ...
São Asas e Olhos de
Falcão! ...
O
grito nas frases ...
Milhafres ...
São
lágrimas
Clemências, de quem sabe estender a mão ...
São poeiras
A terra,
as vestes que uso ...
Adornos, pulseiras
que contornam os pulsos
Meu ar,
o respirar
a dureza de se falar ....
São pedras,
penas
Dependentes dos pensares ...
A razão,
intuição
ou a percepção que lhes possam dar ...
Uma mente
Duas mentes
podem ser o equivalente
Que nunca se chega a somar ...
São precipícios ...
Perigo que teimamos disfarçar
A doutrina
O fel, sobre o mel ...
Agri-doces em tons de luar
São o espelho da alma
vozes mudas que não podem falar ...
São o escudo a defesa
Armas que não se podem comprar
Aguas gélidas, serenas
murmúrios por desvendar
Represas
que sulcam a vida
Maresias por chegar
o cheiro intenso que prende
... No ir ...
Com a certeza de voltar
O
lança perfume,
que denuncia
Derrames para amar
na calçada das palavras
Por onde te levo a passear ...
Anjos caídos
que se querem levantar ...
O vento
que devolve odores...
Actos
pétalas de toque aveludado
Picos de rosas adornados
Folhas que caem
Papel branco rabiscado
Esvoaça ...
Alva espuma do bravo mar salgado ...
"Palavras!"...
A astuta ave de rapina
Que sobre-voa
O azul do meu CÉU ....
E beija o Horizonte limiar do meu MAR ...

ANA P.

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