13 novembro, 2011

CARTAS AO VENTO ...

Não queria fazer desta carta, a folha de papel solitária ...
Escrever por escrever ...
Hoje, derrapei no silêncio absurdo no ensurdecedor ruído que me cala...
Meu corpo espera o teu abraço forte.
Necessita desse despertar intenso com que arrebatas este moer, silencioso...
Iluminada presença que me inspira, preenche de luz que me eleva nos momentos mais frágeis .... momentos, inconstantes! ...
Densidade colorida que purifica o âmago do meu ser.
Aprendi, a desenhar palavras que me revelam a verdade da tua a essência.
Aprendi, que posso ir ao teu encontro mesmo que estejas ausente...
Fechando os olhos, ainda oiço o teu sussurrar ao ouvido...
Ainda escuto a clareza verbalizada das palavras.
A razão que clarifica e quantifica o meu querer. O acreditar-te! ...
Vejo-te, numa imagem perfeita, num sorriso tão ilustre que te absorve e devolve-te para mim.
Aqui, não existem barreiras.
Não há distâncias.
Toda a imperfeição, é devorada no ajustar do meu tempo.
O tic-tac do relógio, é música para os meus ouvidos.
Nesta invisibilidade, solto o relevo do teu corpo, saliências despertas que atiçam o êxtase provocador dos cinco sentidos.
Jamais haverá palavras que completem tudo o que queria escrever-te, tudo o que representas .Com tempo poderás
degustar o manjar, que te ofereço.
Poderás ler, no brilho dos meus olhos e na magnitude com que te olho, mas nunca poderás ler as enclaves de palavras que neles se soltam.
O território onde te abraço é tão vasto, que se enquadra no teu.
Não acredito na perfeição! Como tal não percorro caminhos em vão.
Acredito no bater do meu coração, na forma ágil e apressada com que te pressente.
Acredito no forte abraço, no espaço sideral que tens reservado para mim. Uma volta com retorno...
Gostar de ti simplesmente, é a única formula que nos reserva um espaço único, onde os desfolhar de sentimentos é a prol de cada palavra descoberta.
São portas abertas, mentes aladas, filhas do tudo e do nada que sempre tivemos.
A media q.b. que une, que reparte, equinócio do sol que aquece, arco-íris dos dias cinzentos.
Na comporta dos meus sonhos a represa dos teus é a combustão desta guerrilha que inflama tanto querer.
Insólitas palavras, já não chegam para descrever cada traço do meu rosto, cada gesto do teu....
Somente este silêncio na calha de cada frase, no criptar de cada uma ...
Códigos...
No papel a eloquência da exuberância, jorrando glamour.
Harmonia que se sente, como se tacteássemos a pele, o cheiro perfumado do hábil trocar de um beijo...
Já algum tempo que fugi desta folha de papel, descalça corro num jardim de braços abertos ...
Corro, corro ...
Rapidamente o alcance de outros braços, travam a correria apressada ... Fazem parar a sôfrega ânsia de te querer, aqui e agora ...
Uma plenitude alcançada.
Estridente, o sorrido rasgado no rosto...
O grito solto no brilho do olhar ...
Ruídos que só eu posso partilhar ....
Num silêncio tão repleto de ti ...
Páginas em branco de tudo o que ainda não te escrevi ...
Nas palavras que me ofereces num abraço ...
Na verdade constante de sermos diferentes e nunca os melhores ou piores! ...
ADORO-TE.

Carinhosamente,

ANA P.

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