17 novembro, 2011

PALAVRAS EM COMUM

Não sei quantas frases
ousei escrever
Não sei ao certo quantos
perfumes, exalei ...
Não sei se me encontro
ou se me deixei perder ...
Aqui! Sou a voz da alma
que não podes escutar ...
O sangue da mente em
lágrimas sangrentas ...
A palavra rouca,
mais violenta ...
O estridente grito
lavrado no sorriso ...
O cravo,
o ferro
a locomoção ...
Ranger de portas
desenhados no chão ...
Sou bicho, papão ...
A loucura,
uma alucinação ...
Sou
o medo da mentira
a sombra da verdade ...
A noite mais escura
que bebe na claridade ...
Sou
a fome,
a gula ...
Banquete Angelical,
pequeno pecado
temperado com sal ...
Mar ...
Sou o bem,
o mal ...
Moeda com duas faces ...
Guilhotina da razão
minha ...
vossa ...
nossa ...
outros, de mais além ...
Neste
trapézio sem rede
de paisagens lapidadas
Sou o tudo
de quem sempre disse ter nada ...
Sou
o tempo com horas de
liturgias floreadas,
Sou
o vazio repleto
que quem fala,
sem nunca ter dito nada ....

ANA P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.