07 julho, 2011

MANTA DE SAUDADES ...

MANTA DE SAUDADES ...

Os
olhos teceram saudades
as palavras cuspiam sentimentos
na boca sedimentos, alinhavam-se
militarmente...
em fila ...
Senti o aperto daquele beijo
O agridoce do pecado apetecido ...
Imóvel ...
Senti a distância da saudade
no cume da gélida montanha
Derreti a Antárctida,
equinócio que sombreia
uma das vertentes do coração...
Num território sem fronteiras.
Rebeldia que lambe as feridas
num corpo corrupto
impuro de pensares numa agonia
escrava do tempo ...
O suor regurgita pedaços
que deixaste ficar ...
Como me sinto vazia
tão cheia de ti ...
Exalo fragrâncias
instantaneamente, bolas de sabão
que rebentam no ar ...
Purificam as preces em
que cobiço teu corpo,
a luz do teu olhar...
Tecedeira
da manta de retalhos
que nos tapa ...
No calor
o fascínio que devora habilmente ...
Enigma que ensina
verdades ...
Encriptadas na saudade
...
da tua invisibilidade ...
na falta do teu olhar, Amor!

Manta de Saudades ...

ANA P.

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