04 julho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Como abrir um jogo, desconhecido?!! ...
Como soltar as palavras, das algemas de uma mente que não é nossa?! ...
Florear para quê?! ...

Amizade conquista-me, por favor!...



Sinceramente estou triste! ...
Já alguns dias que procuro uma razão que justifique, onde errei?!! ...
Não me arrependo de nada que tenha dito ou feito, pois a alternativa dos meus actos justificam os fins...
Deambulei nas lista dos prós e dos contras das amizades, risquei alguns significados que não eram meus, alinhavei frases com carinho e respeito.
Não sou diferente de ninguém, sou humana e como tal também erro...
Todavia como o passar do tempo, deixamos que este nos amadureça e nos salve de alguns momentos menos bons...
Eu entendo, que haja vários significados para as palavras, que quer sejam minhas, nossas, ou partilhadas, serão elas sempre o veiculo mais velhinho do tempo.
E em contextos idênticos poderão ser camufladas, por verdades diferentes, dependendo da mente de cada um, do vazio das nossas almas do sabor que lhes quereremos dar...
Tudo isto em critérios de padrões idênticos....
Critérios idênticos, é fácil!
Basta seguir-lhes rasto, que as essências serão partilhadas numa amena cavaqueira.
Quando já estamos na amena cavaqueira, e nos apercebemos que não estamos a lidar com razões iguais, temos que ter o cuidado de não ferir, e dizer as verdades que sentimos, não temos que temer falar...
Dar a conhecer o que de facto queremos, quais os nossos objectivos...
Podemos fazê-lo num tom amigável com palavras, estando atentos ao verdadeiro sentir de cada uma ....
O que fazer?...
Quando não nos ouvem, nem aceitam outros significados nas palavras?!! ...
Pois, é ...
Afastamento ...
Silêncio ...
Mesmo assim o afastar é relativo.
É quase como ser expulsa de uma sala de aula... Não deveria de ser entendido como um castigo, mas como um acto reflexão de algo menos positivo....
E mais uma vez a forma de reagir depende de cada um de nós de cada instinto que se auto-define ...
Silêncio, é ouro....
Nem sempre se pode denominar assim, porque somos todos diferentes, inerentes de reagir por impulsos ou pelo coração...
Quando tudo fazemos para que alguém leia os factos das razões, e estas passem a ser o motivo da sua ira, da eloquência de uma amor que nunca existiu, apenas só na cabeça de alguém...
Alguém que ousa dizer que é muito e feliz, que "Ama" a família que têm ...
Poucas serão então, as palavras que se possam dizer...

Eu! ...
E agora falando no presente, falando do Eu, que representa esta carta ...
Cada dia que passa, vou deixando de reconhecer valores das amizades "verdadeiras"...
Deixo de reconhecer o rasto com que sempre defini valores entre homens, mulheres e a amizade ...
Fico frustrada e desiludida por não conseguir que entendam, fico revoltada com a forma hermética com que se guardam relações.
Hoje, já não se apanham flores dos jardins, compram-se nas floristas mais próximas...
Valores que mesmo depois do meu divorcio faço questão de manter, e respeitar ...
Sou feliz à minha maneira, não preciso de alguém que não estando à altura nem tendo conhecimento para o dizer, possa chamar-me de infeliz ou de acobertar mentiras ...
Mentira tudo aquilo que vive e diz acreditar, família e valores morais... que mais, sei lá!...
Feliz diz ser... ( não posso comentar) .... Desconheço e nem tenho legitimidade para o fazer...
No entanto prezo a liberdade, de poder dizer que a felicidade é já ali ao lado ...
Não quero abusar da felicidade de alguém, não quero ser a marioneta do tempo quando no palco estão as estações que florescem a minha vida ....
Tentei de uma forma humana e carinhosa passar a mensagem...
Tentei dar-lhe espaço no tempo que não é meu ...
Tentei enviar-lhe mil cartas de palavras invisíveis, sinais ...
Tentei por mil vezes não estar presente nos seus dias ...
Tentei mais de mil vezes não abusar da palavra "AMAR" ...
Tentei clarificar-lhe nos sonhos a peça de puzzle que lhe faltava... Não sou, EU!
Tentei como a Justiça ser, Cega, Surda e Muda ... Mas não lhe basta.
A não ser a revolta nas suas palavras...
Mas quem diz basta, aqui e agora sou EU! ...
Já não há nada para florear, o bouquet de rosas secas, queimou-se! ...
Ficou reduzido a cinzas, que o vento dispersará no tempo até que um dia, já não me lembre mais ...
E a dor causada seja a Esperança, nos dias que me seguirão ...
No valor real da palavra, "AMIZADE" !

- Desculpem o desabafo ...

Carinhosamente

ANA P.

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