21 julho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

O império dos meus ventos, fomentam a credibilidade dos meus sentimentos ...
Existem porque me sinto grata, por ter alguém em quem acredito ...
Por Momentos que não vão com o Vento...
Voltam, Sempre ...

No domínio dos meus ventos, avassalo as essências que me revestem por dentro e por fora.
A vida é uma sequência de peças, um dominó...
Hoje, senti a frescura da saudade do arrebatado abraço que me conforta e suaviza a tez do meu sol...
Li- te em meias palavras e calculei o teu receio.
Não sei o que de facto te intriga mais... Se o meu gostar, ou o quanto gostas de mim ...
Quando nos questionamos e não encontramos respostas de uma certa forma, ficamos cambaleando em contra balanço com coração.
Queria rechear as palavras para que o seu conteúdo, emanasse a maresia do meu mar e aromas do meu lilás, predicados do meu gostar! ...
Decididamente encontro a paz em cada momento partilhado, nasce nos meus olhos um brilho que flameja no brilhar dos teus.
Procuro-te na escuridão que por vezes me cerca, nas batalhas demolidoras da luz do meu olhar ...
Enalteço a sapiência incompleta do meu ser, nas palavras meigas no simples gesto da expressão do teu sorrir...

Porque te intriga tanto o meu gostar?!!
Que mistério?!!
Que química ainda por desvendar?!!

Quando meus olhos encontram os teus ;
São como andorinhas nos beirais ...
as gotas da chuva, que refrescam o milheiral ...
asas abertas do pardal ...
o rio que desagua no mar, o sal das lágrimas que acabam por secar ...
a terra sem fronteiras,onde não há longe nem perto, até pode ser um enorme deserto ...
um fuso sem horas ...
o tempo invisível
o braille com que leio sentimentos ...
o meu café da manhã....

Quantas gulas deciframos?!...
Pecados na nossa mão, nossos corpos suados deixando as roupas no chão ...
Ontem faltaram-me as palavras.
Rolaram por esse chão, são as enclaves do tempo quando aperta a solidão.
Quando do dia se faz a noite e nas noites se faz clarão, quando se acordam os sonhos.
Um fogo sem demagogias de fácil propagação no leito do amor sem ses e sem senão ...
Loucuras de momentos, lava de um vulcão ...
Desejos incinerados, delírios de paixão em sangue fermentado no bater do coração...
Pulsações que nos devolve a vida, que o tempo teima em levar...
Nos dá a forma envelhecida para o deixarmos passar ...
Apenas deixa pedaços para nos relembrar, que o tempo mata, mata não nos deixa ficar ...

Mas quem é que diz ao tempo, que não nos pode levar?!! ...

Partilhamos apenas as horas, como um beijo que se acaba sempre por dar...
Que não se contem mais histórias, que não saibamos contar ...
Não se façam trilhos na espuma branca do mar ...
Não se disfarcem rastos que deixamos tatuar ... na ardósia da mente, em pó de giz soletrar ...
Sonetos que navegam nas estrelas, caravelas de astros por encontrar ...
Lâmina afiada no gume de te Chamar ...
Que nasçam vitórias nas represas do nosso olhar, nos pactos que ficaram nas dunas de tanto te amar...
O silêncio que grita por nós.
Nomenclaturas com arte, uma ciência por estudar nas partituras com letras que não se podem apagar ...
Tatuagens ferrugentas, moedas milenares que fazem parte de tesouros que ninguém nos pode tirar ...
Por muitas voltas que o tempo faça questão de nos dar.
De volta sempre ao tempo que não sabemos parar, sequências de pandora na mitologia de fábulas em que gostamos de acreditar ...

Como um espelho, espelhando a luz do teu olhar ...
Na beleza do tempo em que te vejo passar...
Lembranças soltas no vento, na liberdade de te amar ...
Um rumo contra o tempo ...
Flecha sem arco, pronta a trespassar ...
A química de um mais um, num resultado que não se pode calcular.
A errata que vem no tempo, sem tempo para explicar.
O que não se aprende nos livros mas nas sementeiras que temos que lavrar ...
Nas estações com vida, que não podemos apear ...
Onde somos passageiros...
Não temos bilhetes, nem o podemos comprar ...
O AMOR! ...
É tão incerto, como o X de tempo em que nos podemos, Amar...

Simplesmente o calamos ou o deixamos passar ...
Quem o dita, nós o sabemos ... mas não queremos, por vezes acreditar ...
Que quando menos esperamos,o vamos encontrar!

Palavras que solto no vento, verdades do meu gostar.
Hoje sou a caravela, solta no teu olhar...
O beijo celeste que ainda vamos dar ...
migalhas que não vamos desperdiçar ...

... " ADORO-TE!"...


ANA P.



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