01 abril, 2013

DÁDIVA...

Carregas nas mãos
O ritual de beijos proibidos
O sombreado do desejo
Que é a prece
Da oração que nunca lês-te
No corpo,
As cinzas
Dão alma,
Ás paixões
Que intensificam
Os sonhos...
A sina que
Assiste a sorte
Transporta os perfumes
De intensos olhares
Que dominam a covardia
De um simples desejo
Dar-te-ia as rédeas
Se as tivesse...
Se a mordomia fosse
Portadora de um extracto clássico
Onde uma qualquer história
Terá sempre um fim...
Mistica a beleza
Que absorve a erosão
Do tempo...
Desconhece o tema
De um arco-íris cinzento
Que se deita nas pétalas negras
Odor do teu corpo
E o enrendo é o brilho
Das lágrimas
Que nunca verteste
Semblante do sorriso
Que abafa uma hipotética gargalhada...
Sabemos de ti
O que jorras nas palavras
Entre verdades e mentiras
Se omitem os pragmáticos
Sepulcros
Onde resguardas o coração...
Jejum de uma imortalidade
Num manto que te salva-guarda
Nas memórias do asfalto
Da estrada que te corroí
Em vida...
Saudade!

Ana P.

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