14 abril, 2013

BLOCO DE NOTAS 14/04/13

Aconchego-me no tempo.
Nas lembranças das suas mudanças, como uma margem no leito de um rio.

Sossegadamente é neste pequeno canto do meu "Mundo", que me sinto imensa.

Encontro e reencontro a paz de dias difíceis e sacio as adversidades com a coerência da alma que refresca a memória. Impensável seria não deixar de pensar. Não rever os espaços que repudiaram o vazio. Aqui! É como se estivesse sentada na outra margem de mim, em que inverto o sentido dos ponteiros do relógio e aceno com o sorriso que me delineia os lábios. Sensata é a lágrima que me apetece soltar. Esmiúça a verdade da saudade do que fui e a verdade do que agora sou. Lembro-me de mim, da menina do outro lado da margem que fui. Lembro-me dos amores que foram e de outros que vieram. Lembro-me do ontem que não esqueço no amanhã. Lembro-me que os dias nunca serão iguais, que o tempo que passa... sim, verdade não volta mais!... Hoje, crescendo no tempo me sinto tão pequena. "Ontem" pequenina me sentia tão grande... Vassala da memória que argumenta as saudades, ajusto o conforto das horas do outro lado da margem...
Onde sem tempo esperarei por mim ...

Ana P.

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