Não pode haver um fim, que não indique um recomeço.
Nem um recomeço, que seja antes de um fim.
O tempo será sempre o que sobeja, depois de nós.
Ainda que encontrasse palavras que te descrevessem, nada se compara com o amor que absorvi de ti. Lentamente revolvo as páginas que não escrevi, rebelo ao tempo que decorre a harmonia da falta que me fazes sentir. E nada melhor que o tempo, para a entender. Sofregamente amotino os dias nas horas e as horas nos dias que não me fazem esquecer de ti. E esse desejo, galopa no árido deserto que me deixaste no peito. Perdido se deita nas dunas onde adormecia contigo. Os instantes falam-me de ti. E eu falo-te nesses instantes. E a verdade mais louca que me sai da boca, é o beijo que cala a tua. É o elo mais forte, o estender da mão. Da tua mão...
Ana P.
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