28 abril, 2013

CARTAS AO VENTO 28/04/2013

Ás vezes, somente ás vezes...

Ou poderei dizer-te quase sempre, sempre tu ?!!

Bateste à porta do meu silêncio. Sem esforço cada traço desenhado no rosto é a carta que nunca te enviei. A carta que nunca poderias ler. A carta que sem escrever, falava mais de ti do que de mim. E com o tempo, aprendi as mordomias que sem ele nunca poderia ter. Subscrevi lágrimas e retardei os sonhos, para não se perderem de mim. ...
E ainda neste instante meus olhos, se perdem em ti. Na escassa filosofia da notoriedade de uma forte personalidade... Será?? Será escassa?.. ou será essa forte personalidade que se quedou?!!
Estas ambiguidades são o reflexo da tua imagem, no espelho dos meus olhos. São as dúvidas que te fizeram partir e o remorso que sempre te faz voltar.... Em círculos percorremos a recta que nos delineia as opções, as razões e até mesmo a teimosia de se ser, um ser simplesmente! ... E o " Tempo", aquele que sobeja e o que não sobeja é o álbum das memórias onde me encontro tantas vezes, quando julgava ter me perdido... É o porta-retrato de uma menina. A transformação da mulher no ato de envelhecer no colo do tempo, sem tempo. ...
Escasso não é o tempo, mas a vontade que tenho de não me lembrar. ...

De ti!

Carinhosamente

Ana P.

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