09 setembro, 2013

BLOCO DE NOTAS 09/09/2013

Imperdível seria não ser imperfeita...

Atentamente, terei mais olhares desatentos do alguma vez pensei. Serei num todo a erosão de um indeterminado tempo. Num corpo que não calafeta janelas, as deixa abertas a contemplar a sucessivas estações que se dissolvem nos aguaceiros. Subornando as aurécias que refrescam a anatomia das manhãs dos dias de um verão apetecido. Assim como o equilíbrio de cada desiquilíbrio que passou . Antes de ser, já o era. Embora não ousasse servir-me das palavras, já há muito estas se serviriam de mim. Há muito que sem saber, teria contextos repletos de sentires, onde a saudade por ser a falta ou a abundância de tudo o que tenho. Poderia deixar de escrever, mas não saberia deixar de sentir. Poderia estar numa zona de perigo, ou numa neutra que não sodomizasse as palavras... moderadamente elevo os sentires no arrasto do tato que meus olhos camufla. Posso abastecer-me nos dias assim como estes podem jazer em mim. Posso repudiar as palavras mas estas não se apartem, não dão uso á cobardia das cordas do relógio. Apenas atordoam o tempo, para que este se perlongue nas quimeras que desafiam a perfeição. Imperfeita serei sempre. Porque sempre me desencontro. Não aguento a pressão de nada fazer, de nada querer e da imposição, do já basta!... Já basta, o quê?!! Se hoje, é hoje e do amanhã nada sei?!!
Já me basta o que sei, para que amanhã não saiba nada...
Perfeito, é esse amor que nasce do peito. Que corrobora as imperfeições que não posso perder... Imperdíveis!
Imperdível seria, talvez dizer que não me vou esquecer que sou IMPERFEITA!

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.