16 julho, 2013

CARTAS AO VENTO 16/07/2013

Não sei se as palavras gritam no silêncio
ou se o silêncio se cala nas palavras.

Não sei se aprendi nos livros
ou se os livros se esconderam em mim.

E a vida decorria nas metamorfoses de cada beijo. Nas réstias de luz que nos fustigam a memória. Pardacento é o fogo que desarma horizontes. Realça as nostalgias que nos levam para lá do limite de cada olhar. Desarmada a ânsia que me descreve nestas translúcidas páginas, onde o branco é o enigma mais puro que me descreve e o sombreado o ponto de encontro das tangestes que nos fintam. Levaria a glória de cada abraço, se estes estivessem ao nível de ser alcançados. Propenderia a fuga dos afetos, se houvesse cerca que os parassem. Cabisbaixa, surpreende-me a oração que ainda sei de cor. No alpendre dessa paz, notifico as saudades que tenho de tudo por entre o nada que sempre julguei ter.... Cabisbaixa, não me sinto reclusa do tempo apenas foragida na inocência de um certa idade perdida. ... Fiel creio que a eternidade, é sorvo do respirar que me sustem. A apoteose da imperfeição que não nos faz os melhores, só diferentes!... Harmonia é a brisa que sem vento se sente no rosto. O afago que emana o brilho das lágrimas que não se esconderam. Encriptaram a beleza que nos delineia o estatuto de um simples sorriso que não esmorece. Debate-se no fascínio do rosto que nos transcreve o olhar. Analgésico das dores que foram e de todas as que vem para ficar....

Carinhosamente

Ana P.

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