13 julho, 2013

BLOCO DE NOTAS 13/07/2013

Havia caído.

Sobre mim uma névoa de enigmática tristeza, carregava-me o peso do mundo nos ombros. Haveria dito, que outa vez não!... Prometera-me que teria sido a última. Em silêncio fizera o pacto nas orações. Na devoção que se elabora de esperança, que nos ergue sempre depois. ... E o depois veio. Depois de mim, de ti de todos que ainda sobejo recordar. Não se faz tarde. Porque a tarde, é uma pequena fracção do tempo que predomina os dias nas horas, que me ensinaram a ler... Recordo aqui os paradigmas misteriosos, que conjecturam as saudades e me abastecem de luz quando me sinto sem ela. Iluminado é relevo do brilho que emanam os meus olhos e todas as palavras que gritam no sorriso que meus lábios não conseguem disfarçar. Dei por mim, sem nunca lá estar... Porque me prendes, quando devias soltar?? Porque me trazes, quando me fazes partir. Dei por mim a rir, quando devia chorar. Dei por mim quando questionei não ter nada.... Senti uma mão cheia de tudo, o tudo do nada que não sabia que tinha... Saudades!

Ana P.

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