10 julho, 2013

BLOCO DE NOTAS 10/07/2013

Sem querer, aparto-me da distância.
Conquisto a euforia de momentos que já me conquistaram. Enamorada ainda os mimo na lembrança que adocica o leito do meu rio. Relembro as margens que socalcam a memória que meus olhos revivem tantas vezes. Falo-me, por entre o silêncio que lapida as lágrimas, que solidifica o sorriso das gargalhadas que não pudeis ouvir. Essência não é o perfume que posseis sentir, mas páginas brancas lotadas do nada que nunca sentistes. Dou por mim calculando o tempo, o que passou, o que passa e aquele que não sei se passará. Nada sei dele, se dá por mim, se deu ou e me viu apenas passar. Não sei se ele me esperará, ou se terei que esperar por ele .... Abraço em cada momento, deito-me na manta de retalhos de pedaços meus que soltaram. Aconchego-me na paz resgatada. Sei de mim, quando julgava não saber nada. .. Nos olhos lacrimeja-me o brilho da saudade. A memória das lembranças subscrevem as recordações. Sacodem o pó das estantes que não pudeis mexer, sob o espelhar com que me olho . Aqui! Perto do que sou, mas tão próxima do longe do que fui.... Sentir o fascínio das mudanças, o acolhimento transformado de viver apreendendo. Colocando-me à prova nas intemperes que não se esperam, acontecem. Cada vinculo no rosto é mais que uma vã vaidade. São as liturgias da vida, nas dores das nossas verdades....
Distante, por instantes ....
Sobre-voo a ânsia da brisa que teima em me beijar. Não há momentos fora do lugar.
Apenas uma paz ...
Fica, para me levar!...
Saudades.

Ana P.

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