17 setembro, 2012

LU-A ...

Lua que se perde, para te encontrar ...
Eterno o olhar, que suspira muito para além do relevo, com que imaginas a lua.
Fala-te das aventuras, do frenesim das palavras, nas noite que são dela.
Da Lua, que é tão tua!...
Deixa-te, o avesso dos dias fluir.
Onde anteciparás noites e precederás dias.
Em cada encosta, encontrarás o socalco que te expõem ao precipício.
Nas palavras terás um poço, a fonte mais próxima das preces que não aprendeste na escola.
Um balde e uma corda.
O balde que trará a água que te sacia ... A corda, que o leva ao fundo do poço.
Dependerás de conflitos interiores, de juízos e de alguns valores.
Eterna é a chama do fogo que te queima, sem se ver. Descodifica a simbiose dos sentimentos em cada sentido.
Mais que um fogo de mil marés, não te fazem ser o que não és.
Próximo, é o olhar que te prende.
Que te solta nas asas do vento, passeia-te na timidez do luar...
Nos mistérios secretos que não se podem falar.
Mistificam a forma de amar e ser amado.
Ecos, a luz da lua que brilha nos olhos. Fomentam a meiguice que permuta no sorriso rasgado, o teu!
Perdida nunca se esconde, expõem-se!
Para que a possas ver.
LU-A ...
Espelho da Alma.
Voltarás nas páginas do livro enegrecido, no pó do tempo.
No suspense do sussurros que se fazem ao ouvido.
Num passado, tão presente que avança no futuro...
Intocável, como murmúrios da lua.
Que se perde, para te encontrar, LU-A!

Ana P.

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