28 setembro, 2012

CARTA AO VENTO 28/09/ 2012 ...

Aqui sentada,
quase imploro ás palavras que não me abandonem.
Há dias que quieta, não encontro o sossego desejado.
O desajuste dos dias, atormentam todas as ânsias incalculáveis.
E como uma trama.
Acredito no magnetismo de pólos diferentes.
Na atracão e nas incidências, do encontro entre duas linhas.
Pensativa anexo as desilusões, revejo os perfumes das diferentes saudades.
Da sombra dos becos em prantos da madrugada.. Onde sozinha, vos encontrava quando vagueava...
Repenso nas palavras que me dedicavam, no tempo e nas pequenas fracções dos momentos que se soltaram sorrisos.
Onde o único apelo seria sentir-mo-nos próximos, uns dos outros.
Nesse espaço, mesmo escasso de tempo, havia sempre a importância de existirmos.
Não que fossemos uns dos outros ( porque ninguém é de ninguém), mas pela simplicidade da cumplicidade de nos reservarmos por perto, mesmo distantes.
Observo a sequências dos dias, dos meses e até talvez dos anos.
Dou conta que faço parte das sucessivas vagas, que mudam com os ventos, com as marés ...
Dou conta, que em cada dia me revezo para ajustar o síndroma do cansaço que me oferece, o reinado de dias que não me esqueço de vós.
Relembro, que já foram a bandeira dos meus ventos, o poço de lágrimas esquecidas, a ancora que me susteve e a ânfora do sorriso que me distingue do plágio de cada olhar.
Amorteceram a queda dos dias que cai no chão. E todas as forças, obedeciam cegamente à fúria de não me querer erguer. ...
Não vos posso descrever, nem avaliar qual de vós o(a) mais importante... Não vos posso suceder prioridade.
Porque, estaria a desobedecer à minha autoridade de vos amar de igual para igual, de vos olhar nos olhos e de vos sentir meus amigos(as) em todos os momentos que vos dei a minha atenção, a minha maior falta de tempo e todo o meu excesso de saudade que vos mantém vivos comigo, mesmo que vos sinta agora longe de mim. ...
Desilusão, não é deixar de gostar. Mas avaliar o tempo que dedicamos a alguém....
Desilusão, é a maior privacidade de cada um de nós...
É aquele barco deriva, sem velas.
O maior Porto-Seguro, sem barcos...
Desilusão, é a marioneta do tempo onde a importância de cada um foi superada por outros... Será?... Será que foi? ... Será que será?!!
Imperfeição seria ajustar o tempo.
Perfeito.
Era corroborar a falta que sinto de cada um de vós...
Bom demais seria nunca esquecer o significado, de cada termo que me ajudaram a usar.
Clemência, é a bondade com que peço ao tempo para que me deixe relembrar-vos. ...
Ontem...
Hoje...
Amanhã e depois ...
Carinhosamente,

Ana P.

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