24 junho, 2013

CARTAS AO VENTO 23/06/13

Nada mais, que o sossego dos dias de olhos fechados.
Nada mais, do que ver sem estar acordado.
Nada mais que o teu amor, para transformar
Nada mais do que o meu, para te amar....


No peito a consequência do tempo, sem razões para esquecer. Labareda incandescente que arde sem se ver. Amor rasante das marés: Tábua segura que decalco com os pés.
Meu vento! Paisagem sem estações, liberdade sem equações. Saberia confrontar o avesso dos dias que não me fizeste esquecer. A esplêndida simbiose de recordações ilustram as páginas, soletram as tempestades e as bonanças do dias a que seguiram as noites, no brilho dos teus olhos. No silêncio, as gravuras de caprichos ilustrados. Partes de desejo do perspicaz pecado, escondido na guilhotina do tempo. E as horas decepavam-se nos dias, na vontade mais louca de te abraçar e sufocar os beijos e as palavras que não foram ouvidas muito antes de as falar. Lembro-me de ti! Da morosidade dos dias que não findavam, e das noites que não os acordavam.... esqueciam-los!
Lembro-me, de te olhar.
Do significado que foste e do significado que deixarás sempre ficar.
Nada mais, que o sossego. A paz que me dás nesta vontade sem medo.
Onde amar, é simplesmente o enredo que nos leva e nos deixa ficar....

Carinhosamente

Ana P.

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