15 junho, 2013

BLOCO DE NOTAS 14/06/2013

Por vezes é necessário, olhar os quadros.
Relembrar as telas, que deixamos pintar.
E nunca esquecer, Amar por Amar...

Por vezes é neste silêncio que abro as janelas da minha morada.
É nele que esmiúço a saudade e abasteço os reforços para mais um dia, talvez.
Aqui ,não se cala o que deixei ignorar. Não se cala o olhar mais obstinado. Não se esquece, só por se esquecer. ...
Porque quem esquece, vai morrendo lentamente. Por fora, por dentro na filosofia dos sonhos algures no pensamento.
Porque deveria esquecer-te ??!!
Se sempre serás a força de todos os elos que se unificam em mim.
Lembras-me um velho moinho, de velas brancas nas feições das estações, contra-relógio do tempo. Império dos ventos que as fustigavam.
Quantas vezes abrimos, nossos braços no vento??!!!
Quantas vezes fechamos os olhos, para sentir a brisa do mar??
Quantas vezes nos deitamos nas dunas??
Quantas noites por dormir, e outras tantas adormecidas...
Vale-me o relembrar desses sorrisos, a amordaça da cumplicidade que sempre nos uniu, cada suposto destino que nos afastou.
Relembro-te como uma quimera. O vento de um tornado que por mim passou.
Relembro-me de mim, e do que agora sou...
... Uma tela sem quadro!
Onde Amar, é muito mais do que simplesmente, esquecer-me!...

Ana P.

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