29 junho, 2013

BOLCO DE NOTAS 29/06/2013

Quisera desprender as asas dos sonhos que se escondem por de trás dos ciclos, que nos rodeiam.
Quisera ser mais do que sou, simplesmente!
Não jazo nos momentos que foram.
Por explicar fica a repetição das palavras que não soubeste decifrar. Que rebuscas sem tacto para as tactear.
Quisera!... Encontrar-te por entre as cordas do relógio que não pára. No rosto...
Vejo-te no tempo, sem tempo .
Vejo-te na tela dos meus olhos, onde as cores não se perderam, prevaleceram tal qual o dia de um passado qualquer. Um amor não fica para depois. Amor é a sombra dos dois. Poderia escrever-te na ardósia mais rasa a alquimia do olhar, o mistério que galopa no silêncio e falar-te da nascente das lágrimas que jorro no sorriso. Poderia explicar-te o reverso do avesso do interior que me fascina. Meramente anotar, nada mais. Não há ruído mais forte que a tristeza que carregas nos olhos, não há palavras que não fujam do remetido silêncio. Olhando-te carrego-te no colo, acaricio-te no brilho dos meus olhos. Falar é muito pouco, comparado com a essência que me inalam os sentidos. Falar, é apenas um cântico dos desejos que nunca foram proibidos...
Quisera trazer-te de volta .... quisera!

Ana P.

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