Permita-se...
Permita que por entre seus dedos, sinta o fugir da areia.
Que suas mãos sejam as dunas que afagam os ventos.
Permita que entre nós, ecoe a liberdade de pensamentos.
Celebre os dias, as horas e os meros segundos como se fossem a apoteose do nosso banquete.
Permita que se soltem as lágrimas, os sorrisos e a mais estridente gargalhada. ...
Permita que as páginas brancas sejam um lembrete dos amores passados, dos que ficaram e de uns tantos que ainda virão. Permita, o adormecer nos meus braços, os murmúrios que moldam o reverso do meu rosto, que esculpem os vértices do meu lado invisível. Imperfeita, é a melodia que não toca o piano. Imperfeita serei eu, na forma mais simples de um engano.... Permita, que lhe cobre o silêncio. Que lhe leia o lembrete das páginas brancas, que lhe dediquei. Mesmo rasgadas saberei ler-lhas de cor e salteado. Enzimas da memória que catalisa o perfume das estações, o enrendo para lá do negro arco-íris, o mistério que esquarteja a voz dos olhares.
Permita-se serenamente, a Amar! ...
Amar-se, no antes, no agora e no depois.
Permita-se...
Ana P.
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