Desejo
ver-te no tom
terra dos meus olhos ...
Sentir a fervura
que queima os lábios
que se tocam ...
Saboreando o néctar
que galopa nos ventos
ultrapassa as fronteiras
galga barreiras
e derruba os
alicerces da muralha,
de melodramas
escondidos em corações
encriptados de amor ...
No
ar a crisália azul
enamora, o laranja torrado
enfeitiçado de caramelo
E
a tenacidade do lilás lavanda,
pinta telas
nos montes livres de essência
Onde
as cores se perdem nos horizontes
Devolvem-te
no juízo perfeito
de uma razão clandestina
em agridoces
que disputam o mel
da coerência de sentir-te
De
planear-te no cume
do fim de cada dia
e
reencontrar-te no nascer que sucede
das noites
Onde
sonho para que não me deixes
e
acordo nos braços do silêncio
que me envolvem ...
Tão submersa em ti
Que o olhar explora
os preconceitos que finalizam as faltas
de todas as ausências prescritas,
nas nuances castanhas
do mel dos meus olhos ...
Culminam
na colmeia do teu corpo
que por mim,
ansiosa espera ...
Sou rainha
Nos teus favos de mel ...
Agonia das horas
nos ponteiros do relógio
num tempo sem horas
que por nós passa ...
Ana P.
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