20 agosto, 2012

CARTAS AO VENTO 19/08/2012


CARTAS AO VENTO 19/08/2012 


O que  procuro nas palavras?! 
Se não mais que o Amor.
Esquecidas, são trilhos semeados nas vidas.

Escreverei sobre Bonanças e de todas as Tempestades que não posso controlar. 
Escreverei sobre a Saudade. 
Das paredes brancas, de um imaculado Altar. Da fumaça do Tempo, na velha esperança que se Ergue em vez de Tombar.
E assim de longe, estarão perto...
Não peço que me esqueçam, nem que se relembrem de mim. Só quero que saibam que o Amor, é assim.
Palavras, poeiras que fugiram de mim.
De todas as loucuras, são meu Astro o meu Rei... 
A poderosa glória, do Amor que nada não sei. 
Deito-me nas noites, com elas e de dia as procuro. 
No silêncio verto as lágrimas, que nasceram junto elas.
Hoje! ...
Uso as palavras no ímpeto dos sentimentos. 
Aprendi a reforça-las, a reconhecer-lhes os aromas que se evadem na fusão de afectos que não são premeditados. 
Nelas encontro os alicerces que fundamentam as razões, que me movem. 
A maioria das vezes não as procuro, elas encontram-me...
Sou lhes fiel, tão fiel que a maior proeza é pressenti-las ... Escutar os seus passos, sem que toquem o chão... 
E pé ante pé antever o aconchego que se aproxima.
Não importa que a eternidade, não me seja clemente. 
Que tenha eu mil artefactos, para que a minha bondade abra mão de uma suposta eternidade.
Por onde passe meu rio, lhe sejam lembradas suas margens. ... leito de palavras ...
Da paz aprazível de as escutar, a serenidade da alma, que move as águas do meu passado para o vosso presente.  
Cada tom com que me pintam, é a tela que não podeis comprar. 
Exclusiva!. 
À deriva numa vela de sentimentos que não me pertence, mas que se estende no vento, dá-me asas. 
As asas que também tivera.
Como me sinto a, Caravela! 
Nas páginas de um mar desconhecido.... Uma âncora! Um abrigo!...  
Pequena luz isenta de perigo. Um porto sem abrigo...
Moliço que se prende em vossas mãos, nacos de pão saciando a fome, matando as saudades... 
Terei inexplicáveis razões para me ler, e reler. Posso até vos dizer, que quando vos quero encontrar, procuro-vos nas páginas que vos escrevi. 
Onde descrevo o império que não sabia existir. 
A liderança de um coração impulsivo, sobe um olhar que enternece nas cores de um cenário muito para além do palco que calcamos. 
Imensidão é rasto que deixo ficar ... nos olhos, no coração no silêncio que fortalece vazios. 
E o fato de ser desconhecida, faz com que não se esqueçam do abraço, do sorriso, das lágrimas da saudade, que convosco partilhei. 
Nas cartas escritas ao vento, na poesia que vos dei ...

Palavras que têem tanto de minhas, como de vossas também.
Amor! ..
Palavras que viajam...
Amor! ...
Palavras do pouco do nada, que simplesmente penso que sei ...
Amor,
Carinhosamente 


Ana P.

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