27 agosto, 2012

CARTAS AO VENTO 27/08/2012


CARTAS AO VENTO 27/08/2012 ...


De todas as histórias
a que nunca saberei
é a pequena história do amor, de que nada sei...

Um beijo ...

Reflectia na escassa solidão de um pequeno lápis que seguro na mão.
Genuína a falta que me fazes sentir. 
Sentir! 
É o eco das palavras que não ouves. 
É reproduzir enigmáticas emoções. 
Descobrir olhares, reconhecer a dor a perda. 
É não abdicar da simbiose que nos dá a vida. 
É ilustrar páginas, quando pensei rasga-las. 
É tecer mesmo sem fio, partir sem sair do lugar. 
É sentir, quando queria esquecer e viver, quando supostamente  desejei morrer.
Prefiro aceitar oposições. 
Já que nesta jornada haverá o arremesso de dicotomias. 
Entrave magnético que atrai . 
Azimute de horas solitárias, transbordando metáforas que me falam de ti... sozinha 
Vazia... 
Perdida nos sorrisos, em todos os gestos que reconhecem teu rosto. 
De algemas acompanho os passos da alma  resistente. 
Elevo o paradigma da solidão. 
Não resisto em absorver-te, em cada trago que meus olhos bebericam, nas lembranças que ficam.
Sozinha! 
Dizer-te-ia, que estaria perdida! ... Não, digo.
Porque sozinha, encontro-te no espaço que me pertence.
Nos excessos das horas, que não terminam. 
No silêncio, onde escuto o som da tua voz. 
Restrito é o espaço, que não me fala de ti. 
Não sobeja na imensidão do plagio dos dias. Na ignorância das cores que se escondem ... Acrescentam o sombreado dos contornos das sombras...
Aqui, o território pertence-te. 
Não haverá precipício, sem encosta. 
Nem nascentes que não rasguem as pedras de todas as montanhas. 
E os rios desenham seu leito, na apoteose de uma paisagem intocável. Deslumbrante, ofusca a vaidade da pequenez que não sabemos partilhar.
Suas águas são o berço das estrelas que o céu nos oferece. Flamejam na luz dos meus olhos, quando o olho, procurando-te.
Serenas são as aguas que reflectem os rostos, o delineio dos lábios com que nossos beijos nos escapam...

SAUDADES ...

Carinhosamente

Ana P. 


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