O tempo não me devolve, mas mata as saudades que sinto do que fui.
Ajuda -me a contemplar as ausências, as lascas que de mim já levaram.
É no berço dos meus olhos que adormeço as lágrimas irrequietas. Que anoiteço os dias e amanheço todas as noites. É ele que me estende os braços, me beija fora de horas. De mim tudo sabe e tudo me ensina. Dá-me as asas que nunca tive, e o sossego do olhar. Dá-me a vontade e a fome, os sorrisos e o chorar. Dá-me todas as razões de Amar depois de Amar....
Deixai-me escrever ao tempo, as palavras que me ensinou.
Muitas vezes foram ditas outras o ventou as levou.
O tempo não padece, nem pode padecer.
Quando isso acontece sinto-me desfalecer.
O tempo é a maior regalia que se pode perder.
Não há dinheiro nem destreza que o possa reverter.
A minha indeterminada, lição! .... Tempo!
Ana P.
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