08 dezembro, 2013

BLOCO DE NOTAS 08/12/13

A tarde, despia-se para o dia.
Assim, como meus olhos se fecharam para ver...

Apenas o grito deste silêncio se desfaz no ruído do brilho dos meus olhos.
Pensava num pretexto que não fosse explicável. Por entre caminhos desprendia a saudade que sempre anestesia a faltam que nos fazem sentir.
Dizia para comigo:
- Não se deve correr atrás de quem sabe, onde nos encontrar. ...
Uma verdade tão simples e difícil de concretizar. Ainda sinto essa vontade de vacilar. De me tentar, para encobrir o tormento da importância dos momentos entre a ansiedade e o ter que esperar...
Entardecia! ...
O silêncio dava razão às palavras.
A inquietude deixava-se amenizar no conforto dos meus braços. Nos afetos que me fazem sentir viva.
Não há pressa. Apenas a clareza de fatos que me devolvem os pés à terra.
Talvez, a facilidade seja o mortífero motivo.
Talvez, os sonhos sejam a fuligem da vida. Aquela que nos agarra, nos dá o colo invisível. Nos parte e reparte pelas vontades semi-conquistadas e outras conquistadas.
Entardecia.... Senti no peito a bonança, da tempestade que não previ.
Lá fora, escuta-se o murmuro das horas que definem o impacto dos meus dias. Como o gosto daquele beijo, que ficou por dar.
Entardece...
Amanhã, será um novo dia.

Ana P.

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